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terça-feira, 30 de março de 2010

PRAZO DE VALIDADE

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Sempre observando e questionando as relações humanas perambulo entre experiências próprias e alheias e tomo conclusões drásticas na maioria das vezes. Os relacionamento estão ficando tão fugazes, que observar um casal de amigos juntos tem até um tom de melancolia por dar-me conta da volatilidade das relações amorosas.
Entrando nesta questão eu me pergunto o quanto dura o interesse de uma pessoa pela outra. Andei me questionando isso depois que uma pessoa da minha família foi "trocada", o que já me ocorreu também num passado distante. É simples né? enjoou, achou uma pessoa fresquinha, sem problemas, troca! simples assim! Mas as pessoas esquecem que o produto novo também fica velho, também fica chato, também tem TPM... iai no fim conclui que desistiu de um possível amor de sua vida por um capricho impalpável e infantil: o simples fato de ter tudo mais fácil.
Entendo esse tipo de escolha, acho até compreensível. As vezes a pessoa que a gente molda com 20 anos, pode ser diferente do que a gente esperava que fosse aos 30 anos. Mas a base do amor é o que torna forte a frustração de nossas expectativas e coisas novas tendem a aparecer.
As relações não são fáceis... nós mulheres, em grande maioria, somos complicadas, somos sensíveis, temos TPM (descobri que tenho isso a pouco tempo), temos muitos afazeres e nem sempre podemos ainda dar conta de sermos Super women para um possível parceiro. Iai vem um holograma de super woman e leva embora aquele que a gente julga "nosso amor". Mas tudo é questão de decisão. Enfim, acredito que o amor que Deus reservou pra mim não vai ser assim tão gasoso, vou poder viver tranquila e liberta-lo, afim de sermos felizes e satisfeitos um com o outro, mas me indigna ver isso acontecendo todos os dias, com pessoas tão próximas e perceber que na verdade o ser humano nunca está satisfeito e só dá valor quando perde. Pior: a custo da dúvida dos outros alguém passa maus bocados entre auto estima e moldes de uma nova realidade para se adaptar novamente ao "mercado da carne". Já passei por isso e não desejo nem ao meu pior inimigo. Tirei boas lições nesta frustração e não me desiludi ao ponto de não querer mais tentar novamente. Graças a Deus tenho uma memória fraca e muito amor no coração.

E enquanto não achamos o conservante perfeito para o nosso amor enlatado, vamos consumir com qualidade, de olho no prazo de validade (by Baleiros)  ;)